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sábado, 5 de novembro de 2011

Quando agora não for mais


Quando a claridade de uma lâmpada fraca cansar minhas vistas
Quando minhas pernas forem as rodas de uma cadeira, e
meus cabelos tiverem cores diferentes da que a noite nos trás
Quando o que me faltar for o ar e o que sobrar forem dias
Quando minha boca for sem presa e quando a presa não me tomar
Quando as rugas forem todo o meu rosto
Quando minhas fugas forem só lembranças,
Eu vou lembrar que nunca fugi e isso não será apenas recordação.

Quando eu sentir que incho, vou estar cheio de mim
Quando minhas mãos tremerem, não vou mais temê-las
Quando eu não puder mais ir sozinho, não vou
Quando eu não puder mais beber água sozinho
Então, mergulho nesse copo.

Um comentário:

  1. Quando o agora chegar, me avise que eu vou ai buscar!!!
    Tenho prazer em estar aqui e saber que o que eu enfrento, nao enfrento sózinho.
    Fato.

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