Quem passa por aqui

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

SERÁ que isso é QUANTO vale QUEM é COMO eu?

Quanto vale a vida de quem já morreu?
Quanto vale a vida de quem não quer mais viver?
Quanto vale a vida, no fim da vida?
Quanto vale a vida de quem acaba de nascer?

Qual alternativa me resta quando acaba o dia?
Qual resposta eu tenho, quando não me dão o direito?
Qual a hora certa para fazer a coisa errada?
Qual o melhor discurso, quando não se diz a verdade?


Quem faz por mim o que eu desisti?
Quem seria eu, sem eu mesmo do meu lado?
Quem iria por mim, se eu não fosse mais?
Quem entende o que eu digo quando eu fico calado?

Como é a vida de quem não vive mais?
Como é a vida ao lado da vida?
Como é a vida de quem vive correndo?
Como é correr pros braços da vida?

Quando foi que disse que ficaria mudo?
Quando foi que um tropeço me tirou do caminho?
Quando foi que o vento me ensinou algo?
Quando foi que muitos, foi sinal de bons frutos?

Será que só eu me atento para isso?
Será que o relento só faz mal a mim?
Será que a meia-noite não é só o fim do dia?
Será que eu posso descansar agora?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

É isso.

O chão foi inventado para que homens como eu
tivessem o direito de cair!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Besta, triste, bobo. Somos nós que sabemos ser.


Bestas são os homens que dizem não pensar besteiras!

Minha cabeça é um ninho, sempre alimentado pela idéia mãe.
Comida não falta. E quando os filhotinhos já grandes, alçam vôos
vezes até maiores que o de sua matriarca.

Quem consegue entender o desentendido?

Atenção!
A desatenção tomou conta e diz estar pronta para a situação.

Triste são os homens que dizem ser felizes aqui!

Já disse um homem inteligente:
- A felicidade não existe. O que existe são momentos felizes.

Hoje eu estou inteiro, mas escrevo pela metade.
É grande, mas me sinto tão pequeno.
O papel é branco, mas esse homem é tão negro.
Não odeio falar sobre amor.
Até por que estou aqui pensando lá.
Nosso abraço me separa da dor.
E minto se disser que não acredito.

Bom dia! Espera um pouco.
Boa tarde! ‘Guenta’ aí!
Boa noite! É hora de dormir. Vai embora.
Tudo deixado para depois.
E quando for depois, deixar ‘pra’ lá, por que você está aqui.

Eu tenho um prato cheio de vazio, que me completa e faz de mim inteiro.
Como eu posso passar a noite em claro se ela é escura?

Meu ninho se faz na cabeça. E alimento as idéias da minha mãe.
Que diz para eu ser só seu filhote, e me alimentar bem.
Para que possa voar quando ela não estiver mais por perto.

Quem entende o que eu digo?

Atenção!
Os desinteressados se apresentaram, e disseram tomar conta da situação!

Bobo é o homem que diz nunca ter escrito uma baboseira!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Preso ao peito livre

Quando chover entrar em casa e ficar olhando ela cair.
Quando fizer sol entrar no banheiro, ligar o chuveiro,
Para que se pareça com chuva e me deixar cair.

Cidade pequena para uma cabeça imensa.
Ou seria o contrário?
Na verdade, eles são os espertos e eu sou o otário da história.

Não aceito o desprezo
Nem desprezo o que tenho
Aceito o que tenho
E tenho isso preso no peito

Qual é o sujeito da oração quando um sujeito ora?
Me sujeito a Ele quando oro.
Mas como deve orar um sujeito que erra como eu?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eu vou contar, mas só sobre o que dou conta.

Hoje eu sentei aqui para falar das coisas que me mantêm de pé.
E como não falar dela?
No alto de seus cabelos brancos ainda me chama de ‘Bebezão’.
Dizer que é forte não é fraqueza minha!
Me fez, me deu um nome, me bateu e me fez homem.
Mãe, seu filho agora tem um filho, mas nunca deixaria de gostar do seu brilho.

E por falar nele...
Como eu te amo meu pequeno.
Seu olhos que se parecem com os meus, meu sorriso que é o seu.
E quando me chama de 'Papai', me faz criança de novo.

E por falar no meu pai...
Que saudade de você meu velho.
Vontade de viver o que nunca vivemos.
Vontade de ser o que só você me faria ser.
Queria te contar sobre minhas dores,
e sobre essa menina que me fez ser homem.

E por falar nela...
Ah, dela eu não posso falar!
Mas me matem de pé essas coisas escritas aqui sentado.