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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quarto de não estar, sala de dormir

 Eu que o amei durante tanto tempo
me servindo de refúgio durante um tempo e tanto
hoje pareço odiá-lo.
 Não consigo mais descansar por aqui
Não sei mais estar por aqui, e me enoja suas paredes,
tão mal pintadas a mão, tão suja dos meus pés.
 Eu te mantive sujo para de certa forma ter um pouco mais
de quem já esteve por aqui. E hoje mesmo limpo,
não irá voltar para ver as mudanças.
Nem sua branquice vai formar contraste com o teto negro,
nem minha burrice vai constar no meu quadro negro.
 Quatro dias dormindo na sala, só para ver se desentala
essa vontade que quase me engasga e se mistura com baba.
Cinco dias vendo televisão para se entreter,
mas pelo menos uns cinco anos para entender.

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